quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O primeiro aniversário aos 43

Como são as coisas, não é mesmo? Enquanto algumas pessoas procuram diferentes formas de festejar a vida, outras, por incrível que pareça, evitam ao máximo essa celebração. Tenho um amigo que até ontem, evitou – mas só até ontem.

Meu amigo Alexandre, mais conhecido como B1, sempre me disse que não comemorava datas como aniversário, Dia das Mães, dos Namorados e outras mais, pois “é tudo comércio”. Bom, que é invenção do capitalismo, a gente sabe, mas o que tem de mal pegar carona nisso pra dar à vida um pouco mais de diversão? É só unir o útil ao agradável, ué.

Sempre achei que esse papo do B1 era pra esconder a vergonha que ele sente ao ser o centro das atenções. Realmente, ficar atrás de um bolo com um monte de gente em volta cantando e batendo palmas  só pra você não é uma das situações mais confortáveis da vida, mas o que vale mesmo é o que tudo aquilo significa: que a cada nova primavera nossa, há pessoas dispostas a comemorar a nossa existência. E mais do que isso: que é bom estar vivo, colecionando dias que se tornam anos, que se tornam experiência, que se torna, enfim, a nossa história. Única e intransferível.

Venho tentando convencer o B1 disso desde que o conheci, e pra falar a verdade, é tão difícil que tinha até desistido. Mas este ano tem algo especial no ar. Este ano, o B1 está passando por muitas transformações – e com ele, eu e outros amigos que também o adoram e que o acompanham nesse processo todo, afinal, ser amigo é embarcar junto nessa viagem louca que é existir, né.

Ontem, nosso querido B1 completou 43 anos. Mais do que fazer aniversário, considero que essa data foi especial porque marcou exatamente um momento decisivo pra ele, em vários sentidos. E como não deixamos passar nada, foi questão de honra levá-lo a comemorar, sim, o reinício do seu ano-novo particular. E há muito o que ser comemorado, ele sabe...

Nossa reunião foi simples e completamente improvisada, mas foi a chance perfeita para fazermos o nosso amigo sentir na pele o gosto bom de ser festejado. E festejamos mesmo. Todos que ali estavam, carregavam a mesma motivação: admirar o B1. Com bolinho de supermercado, velinha faiscante, chapeuzinho colorido e até língua de sogra, parabéns pra você... com um porém: no meio da praça de alimentação de um shopping lotado. Sei que ele ficou envergonhado, sem jeito, mas sei também que lá dentro do coração dele, sentiu algo que não tinha, ainda, experimentado. E isso, de alguma forma, deve tê-lo alegrado.

Eu realmente espero que sim, que ele tenha sentido algo novo e bom. Porque tudo o que queríamos ontem, era afagá-lo na alma, homenageá-lo por existir e fazer parte da nossa história. E por nos deixar fazer parte da história dele também e nos ensinar tanto. E essa nossa homenagem não se resume apenas a um dia, mas a todos, cada um declarado – ou não – de uma forma diferente.

O importante é ele entender o sentido das datas. Porque o sentido é a gente que cria, e nesse caso, achamos um jeito de mostrar que estamos junto com ele nesse e em qualquer outro recomeço. Que esse foi apenas o primeiro dia de uma série de emoções que fazem muito bem sentir. E principalmente, que foi só o primeiro aniversário a partir de agora, desses 43 anos.

Felicidade sem fim ao nosso B1!
Aí estão as fotos... as provas de todos os crimes que cometemos ontem contra o nosso amigo...ahahahaha.