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Uma família é uma casa sem tamanho. Dentro dessa casa há muitas histórias para serem contadas. Eu quero imortalizar as minhas.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Meu garoto gente boa
Vi e eu: farinha do mesmo saco |
Menino gente boa |
Em campeonato de natação |
Vi apaixonado: ele e a namorada Niágara |
Nosso campeão |
Ele sabe que é lindo |
Lindo 2 |
Sempre por perto |
Bebê de titia |
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
O primeiro aniversário aos 43
Como são as coisas, não é mesmo? Enquanto algumas pessoas procuram diferentes formas de festejar a vida, outras, por incrível que pareça, evitam ao máximo essa celebração. Tenho um amigo que até ontem, evitou – mas só até ontem.
Meu amigo Alexandre, mais conhecido como B1, sempre me disse que não comemorava datas como aniversário, Dia das Mães, dos Namorados e outras mais, pois “é tudo comércio”. Bom, que é invenção do capitalismo, a gente sabe, mas o que tem de mal pegar carona nisso pra dar à vida um pouco mais de diversão? É só unir o útil ao agradável, ué.
Sempre achei que esse papo do B1 era pra esconder a vergonha que ele sente ao ser o centro das atenções. Realmente, ficar atrás de um bolo com um monte de gente em volta cantando e batendo palmas só pra você não é uma das situações mais confortáveis da vida, mas o que vale mesmo é o que tudo aquilo significa: que a cada nova primavera nossa, há pessoas dispostas a comemorar a nossa existência. E mais do que isso: que é bom estar vivo, colecionando dias que se tornam anos, que se tornam experiência, que se torna, enfim, a nossa história. Única e intransferível.
Venho tentando convencer o B1 disso desde que o conheci, e pra falar a verdade, é tão difícil que tinha até desistido. Mas este ano tem algo especial no ar. Este ano, o B1 está passando por muitas transformações – e com ele, eu e outros amigos que também o adoram e que o acompanham nesse processo todo, afinal, ser amigo é embarcar junto nessa viagem louca que é existir, né.
Ontem, nosso querido B1 completou 43 anos. Mais do que fazer aniversário, considero que essa data foi especial porque marcou exatamente um momento decisivo pra ele, em vários sentidos. E como não deixamos passar nada, foi questão de honra levá-lo a comemorar, sim, o reinício do seu ano-novo particular. E há muito o que ser comemorado, ele sabe...
Nossa reunião foi simples e completamente improvisada, mas foi a chance perfeita para fazermos o nosso amigo sentir na pele o gosto bom de ser festejado. E festejamos mesmo. Todos que ali estavam, carregavam a mesma motivação: admirar o B1. Com bolinho de supermercado, velinha faiscante, chapeuzinho colorido e até língua de sogra, parabéns pra você... com um porém: no meio da praça de alimentação de um shopping lotado. Sei que ele ficou envergonhado, sem jeito, mas sei também que lá dentro do coração dele, sentiu algo que não tinha, ainda, experimentado. E isso, de alguma forma, deve tê-lo alegrado.
Eu realmente espero que sim, que ele tenha sentido algo novo e bom. Porque tudo o que queríamos ontem, era afagá-lo na alma, homenageá-lo por existir e fazer parte da nossa história. E por nos deixar fazer parte da história dele também e nos ensinar tanto. E essa nossa homenagem não se resume apenas a um dia, mas a todos, cada um declarado – ou não – de uma forma diferente.
O importante é ele entender o sentido das datas. Porque o sentido é a gente que cria, e nesse caso, achamos um jeito de mostrar que estamos junto com ele nesse e em qualquer outro recomeço. Que esse foi apenas o primeiro dia de uma série de emoções que fazem muito bem sentir. E principalmente, que foi só o primeiro aniversário a partir de agora, desses 43 anos.
Felicidade sem fim ao nosso B1!
Aí estão as fotos... as provas de todos os crimes que cometemos ontem contra o nosso amigo...ahahahaha.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Amor. História. Eternidade.
Meus dias têm sido de orações. Rezas íntimas, particulares, em minha alma. Rezas mudas, ocultas. Daqui de fora não se vê e nem se ouve nada, nem sequer se nota. É por dentro. Na confusão dos meus sentidos, no mar de dúvidas sobre a vida e a existência, nas súplicas que nascem disso. Mesmo flutuando sobre a Terra e alguma dessas dimensões misteriosas, mesmo sem sentir-me completamente de um lado ou de outro, continuo orando internamente. Por mim, pela vida que segue frenética e da qual não tenho o menor controle, pelas pessoas que amo – principalmente por elas. Por quem está aqui comigo, nessa mesma aflição de incertezas, nesse medo da solidão e na eterna busca que nos divide entre desejos mundanos e intuitos maiores. E rezo, principalmente, pelos pedaços de mim que se desprenderam e agora habitam outras dimensões. Esses que povoam meu coração de saudade e mesmo sem estarem mais ao alcance de minhas limitadas possibilidades humanas, ainda inundam de esperança minha alma. Pessoas que, ao serem chamadas pelo outro lado, levaram junto deles boa parte do que sou e dos recursos que me davam mais sustentação. Sem elas aqui por perto fiquei mais desabitada, deslocada em minha casa, em meu próprio corpo.
Mas o legado deixado por elas é imenso e forte demais para que eu desanime nessa caminhada. Jamais poderia ignorá-lo em nome do meu sofrimento. Essas pessoas que me prepararam para a vida, me ensinaram com inestimáveis exemplos a ser forte e a superar até mesmo os maiores desafios, as maiores tristezas, mesmo faltando pedaços importantes de mim. Elas me fizeram valente e feliz, e essa fortaleza habita minha alma machucada pela saudade e pela solidão, porém ainda disposta a honrá-los. Elas plantaram em mim o amor e ele é mais poderoso do que o tempo, do que a morte. É o que nos liga por toda a eternidade, onde quer que estejamos. E é essa certeza que me mantém em pé, honrando esse legado deixado por meus amados de herança: a mais valiosa que poderiam ter deixado.
Isso tudo constrói a minha história. Um dia irei reencontrá-los. Mas até lá há muito o que fazer para alcançá-los, para estar digna de ocupar o mesmo lar que eles, pois não tenho dúvida de que lhes foi reservado um bom lugar. Então eu sigo, redescobrindo minha força dia a dia para continuar escrevendo essa história, que é minha e deles, o que torna ainda maior minha responsabilidade. É a junção e a soma de todos esses seres que vivem e que viveram comigo. Vou me construindo como pessoa, crescendo como espírito, certa de que abandonada não fui e nunca serei. Nem por Deus, nem pelos Anjos do céu, nem pelos que me restam, e muito menos por aqueles que já estavam aqui quando cheguei e que sempre estarão à minha frente no tempo e na sabedoria.
Graças a tudo o que acredito, carrego a certeza de eternidade. A minha, claro, como ser em constante evolução, e a de todos que amo, como seres de luz que a vida me deu de presente para que consiga cumprir essa missão que é se fazer existir.
É essa a oração de minha alma, que acontece em silêncio, porém ininterruptamente. É a minha fé na continuidade da vida e na imortalidade do espírito que me ajuda a seguir, mesmo dentro desta casa vazia e tendo de despedir-me com tanta freqüência de quem me é fundamental.
Crer é o que há de mais valioso nessa arte de sobreviver. E se eu possuo esse tesouro agora, é graças à família que tenho e nos propósitos de Deus para a nossa alma. E sou grata a esse gigantismo celestial que nos permite recomeçar tantas e quantas vezes outros ciclos se fechem.
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